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Minicursos

 

RESUMOS DOS MINICURSOS:

 

EDUCAÇÃO AMBIENTAL EMANCIPATÓRIA: FORMAÇÃO DO SUJEITO CRÍTICO:

O processo de construção da abordagem crítica e seu diálogo com outras abordagens (interfaces, oposições teóricas e metodológicas e implicações pedagógicas) na formação do campo da Educação Ambiental. A Política Nacional e a institucionalização da Educação Ambiental no Brasil. Concepções de natureza, sociedade, educação e humanidade na perspectiva crítica. Especificidades metodológicas da EA Crítica em diferentes espaços educativos: instituições de ensino; movimentos sociais; áreas protegidas; licenciamento; empresas.

 

PROFISSÃO: BIÓLOGO – EMPREENDEDORISMO E PRÁTICAS PARA O FUTURO CONSULTOR AMBIENTAL:

O curso possui o propósito de auxiliar o profissional das Ciências Biológicas e áreas correlatas a atuar como prestador de serviços na elaboração de projetos e estudos na área ambiental. Para a atuação na área o profissional não basta ter a bagagem técnica, mas deve saber prospectar negócios na área de meio ambiente; interpretar escopos e apresentar propostas técnicas; planejar as ações de campo; buscar arcabouço legal e normativo pertinente; gerir as coletas para a geração de dados; e elaborar produtos e peças técnicos. Este curso possui uma bagagem teórico-prática não só para auxiliar o interessado no campo do “Planejamento e Execução”, mas em especial para orientar quanto a códigos de ética, das responsabilidades, e dos desafios para a área de atuação do profissional.

 

SIG PARA BIÓLOGOS:

Sistemas de Informações Geográficas (SIG) tem sido indispensáveis para as ciências ambientais. Seus instrumentos possuem larga abrangência tanto na pesquisa quanto gestão ambiental. Acompanhando esse desenvolvimento, a biologia e os biólogos tem avançado no uso das tecnologias geoespaciais visando aprimorar sua visão técnica e profissional.

Para este curso, abordaremos questões teóricas básicas para representação e manipulação de dados espacializados, com foco em exercícios práticos com finalidade de ter experiência básica na utilização de ferramenta de SIG. Apresentaremos noções teóricas.

 

CONTRIBUIÇÕES DE UMA PERSPECTIVA POLÍTICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA UM ENSINO DE CIÊNCIAS CULTURALMENTE SENSÍVEL:

A partir da leitura e discussão da literatura proposta e do material audiovisual selecionado, se procura gerar uma série de questionamentos e reflexões sobre a praxe docente no ensino e aprendizagem das Ciências Naturais em comunidades escolares periféricas ou vulneráveis. Nessa medida, os desenvolvimentos e as perspectivas políticas de educação ambiental são propostos como pontes ou estradas relevantes para a construção de cenários pedagógicos para um ensino de ciências naturais culturalmente sensível e socialmente relevante. Para visualizar isto é necessário fazer revisão e problematização de conceitos como natureza, ambiente, educação ambiental, cultura, ciência.

O curso terá cinco seções, cada uma de duas horas, onde vai-se estudar e discutir dez textos, dois textos por seção. Os textos devem ser lidos previamente e de acordo com o número e os perfis dos participantes, serão distribuídos, os temas, os textos e as apresentações orais, assim como a conformação e distribuição dos grupos.

 

AS CONCEPÇÕES DE NATUREZA DOS ESTUDANTES NO DIÁLOGO INTERCULTURAL: IMPORTÂNCIA E FERRAMENTA PARA INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE:

O termo “Natureza” é bastante utilizado nas aulas de ciências, contudo, normalmente vem acompanhado de ambiguidades. As salas de aula são ambientes multiculturais, sendo assim é um local onde diferentes visões de mundo estão presentes. Nesse sentido, diferentes concepções de natureza estão presentes nas salas de aula,  e essa divergência no entendimento deste termo pode gerar dificuldades de compreensão por parte dos alunos. Diante disso, é muito importante a investigação do que os estudantes entendem por natureza para que assim possamos estabelecer um diálogo intercultural para contribuir para as aulas de ciências. O minicurso tratará de questões relacionadas ao dialogo intercultural, formação de professores para a diversidade cultural e apresentará uma.

 

ECOLOGÍA DE INSETOS E SERVIÇOS ECOSISTÉMICOS:

Esta proposta tem como objetivo, desenvolver uma estratégia didática baseada nele estudo dos insetos, traveis do uso da interdisciplinaridade como ferramenta nela abordagem de conceitos dentro do processo de ensino da ecologia. Com o fim de propiciar um acercamento as problemáticas ambientais atuais, através de conceitos estruturantes da ecologia e pratica da conservação biológica, se propor o estudo dos insetos como organismo tipo fazendo ênfase em sua importância filogenética e ecológica. Busca-se estruturar nos participantes as bases de um conhecimento que permita identificar, evidenciar e atuar frente às problemáticas atuais do contexto imediato; já seja ao nível local, nacional ou mundial, com o objetivo de dar explicações sob esses fenômenos e propor ações de cambio emolduradas dentro de um limite próprio da ecologia como prática cientifica.

 

TÉCNICAS MOLECULARES E ASPECTOS BIOGEOGRÁFICOS NO ESTUDO DA DIVERSIDADE DE ESPÉCIES:

Como diversidade biológica entende-se a variedade e variabilidade entre organismos e suas complexidades em diversos níveis hierárquicos. Esta vêm sendo reduzida drasticamente devido principalmente, a ações antrópicas diretas ou indiretas e em virtude disso existe uma crescente preocupação com sua conservação. Entretanto, os esforços para acessar, medir e mapear a biodiversidade ainda constituem um dos principais desafios para a biologia da conservação. Uma das fontes de evidência encontra-se na área da genética, que abarca as variações à nível celular e molecular, e que quando acessadas, permitem a comparação entre populações, espécies ou indivíduos. Esse acesso é feito a partir de diferentes ferramentas, que pressupõem diferentes técnicas laboratoriais, bem como tipos de análise. O conhecimento das mesmas constitui então, um importante mecanismo para a avaliação da biodiversidade.

 

A LITERATURA INFANTIL NA EDUCAÇÃO CIENTÍFICA ESCOLAR: POSSIBILIDADES PARA A ADEQUADA COMPREENSÃO DA NATUREZA DA CIÊNCIA:

O minicurso pretende trazer uma visão geral acerca das relações existentes entre o ensino de ciências e a literatura infantil, a partir de uma abordagem teórica sobre a natureza da ciência e reflexões no campo da ciência, tecnologia e sociedade (CTS). A partir da identificação e discussão dos problemas existentes nessa literatura com relação aos conteúdos científicos, tanto do nível básico quanto médio, serão apresentadas algumas possibilidades para a compreensão adequada da natureza das ciências, discutindo-se o papel das ciências  em diferentes contextos socioculturais, especificamente as relações entre ciência, tecnologia e sociedades na atualidade (CTS), não como foco principal, também serão discutidas possíveis relações entre a importância da diversificação  metodológica para a formação dos professores de ciências (inicial e continuada) no que tange à pesquisa como princípio de uma prática pedagógica emancipadora e desenvolvimento profissional neste sentido.

 

DEFESAS ANIMAIS: SOBREVIVENDO AOS PREDADORES:

As estratégias de defesa contra predação são assuntos de relevante interesse na evolução das espécies, porém ainda pobremente estudados. Apesar de sua mega diversidade, o Brasil ainda é um país que possui grandes lacunas no conhecimento em diversas áreas. Este tema é abordado apenas de forma superficial na graduação e existem poucos especialistas no Brasil, sendo que a maioria dos estudos foca principalmente no grupo das Lepidópteras (borboletas e mariposas). Diante disso, faz-se necessário abordagens complementares sobre o assunto, buscando estimular os estudantes a profundar seus conhecimentos e interesse por este tema tão surpreendente. 

 

O SER PROFESSOR NA CONTEMPORANEIDADE: LIMITES E POSSIBILIDADES:

O processo de ensino/aprendizagem, constitui-se como um intrincado conjunto de atividades pedagógicas que na contemporaneidade, vem tomando novos rumos frente ao desgaste tardio da didática “estritamente tradicional”, exigindo novas identidades a serem assumidas pelos profissionais docentes. Desta forma, os métodos pedagógicos utilizados em diferentes espaços de ensino (como Laboratórios de Ciências), o uso das TIC’s (Tecnologias de Informação e Comunicação) e do lúdico, por exemplo, assim como uma mudança na postura e nos papeis assumidos pelos professores, constituem-se como ferramentas que visam potencializar o aprendizado de alunos em diferentes cenários socioeconômicos e culturais. Baseando-se neste contexto, a proposta deste minicurso tem como objetivo central discutir a situação atual do profissional docente a partir de sua legislação regente, documentos fomentadores e o grande leque de ferramentas metodológicas/pedagógicas disponíveis na contemporaneidade frente aos limites e desafios do ser professor. Com base neste objetivo, espera-se que por meio de debates, atividades lúdicas e dinâmicas em grupo que os participantes reflitam sobre a profissão docente e acerca da temática central “O Ser Professor na Contemporaneidade". Serão quatro intervenções pedagógicas que versarão por atividades tanto de cunho teórico como prático com o propósito de incentivar a discussão a partir dos documentos (como os Parâmetros Curriculares Nacionais) e dispositivos legais (Leis de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira) que orientam a carreira docente enaltecendo também o uso das ferramentas educacionais contemporâneas (como a Ludicidade e as TIC’s) frente a situações problema, baseando-se tanto na Interdisciplinaridade como no Pluralismo Metodológico, propostos respectivamente por Edgar Morin e Paul Feyerabend. Portanto, este minicurso terá a função de atingir os participantes presentes sobre a importância da constante reflexão acerca da formação docente, sem apresentar soluções programadas e atendo-se à valorização da criticidade do atual ou futuro professor.

 

INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS DE PRIMEIROS SOCORROS:

Trabalhar de forma teórico-prática, conteúdos como por exemplo:

Conceito de Atendimento Pré-Hospitalar e Suporte Básico de Vida. Princípios básicos para a abordagem em casos de acidentes com vítimas. Biossegurança em Primeiros Socorros. Avaliação Primária da vítima. Atendimento diante da Parada Cardio-Respiratória. Reanimação Cardio-Pulmonar. Atuação diante da obstrução de vias aéreas por corpo estranho. Situações de Urgências e Emergências. Hemorragias Noções da avaliação secundária da vítima. Lesões osteoarticulares. Traumatismos de crânio e coluna vertebral. Transporte da vítima.Queimaduras.

 

CIÊNCIA E RACISMO:

relação intrínseca ao longo da história: Ao longo da história humana, entender a existência de outras populações foi, e ainda é, um desafio. Várias formas de conhecer os outros foram criadas, sendo inicialmente e principalmente sustentadas por concepções míticas e religiosas. No entanto, com a ascensão da Ciência Ocidental, surgem outras formas de conhecer e interpretar os outros (neste caso, aqueles que não eram europeus – em última instância, aqueles que não eram aristocratas britânicos). E esta história nos afeta até os dias de hoje.

Neste sentido, a proposta deste minicurso objetiva refletir e compreender as relações entre a produção de conhecimentos científicos e processos sociais de discriminação, exclusão e marginalização de determinados grupos humanos ao longo da história, sobretudo a partir das distinções biológicas derivadas da categoria raça. Sendo assim, abordaremos historicamente recortes da construção do conceito de raça pelas ciências naturais.

Discutiremos sobre a existência dos chamados Zoológicos Humanos durante o século XIX e XX, que geralmente enfatizavam diferenças culturais com o intuito de atestar inferioridade intelectual e justificar a exploração colonial de povos não ocidentais. Também apresentaremos alguns trabalhos pioneiros relativo a estas questões raciais, como a classificação do homem por Linnaeu, os estudos de craniometria, a perspectiva darwinista sobre competição inter-racial e extinção de raças, a concepção das teorias eugênicas e o reflexo das teorias raciais em políticas sociais no mundo, exemplificando o caso brasileiro no período de 1870 a 1930. Analisaremos também os discursos contemporâneos que negam o status científico do conceito de raça, para refletir sobre o papel que o conhecimento científico-tecnológico pode exercer na conformação das relações sociopolíticas, problematizando assim a polêmica entre a desconstrução do conceito biológico de raça e a permanência desse conceito enquanto categoria de distinção, classificação e discriminação social. Por fim, abordaremos algumas contribuições educacionais da temática étnico-racial na formação de professores de ciências e biologia, em conformidade com as demandas das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008.

 

O ESTUDO DO COMPORTAMENTO ANIMAL E SUAS APLICAÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO DA FAUNA SILVESTRE:

Muitos programas de soltura de animais silvestres, com diferentes objetivos como reintrodução, reforço populacional ou experimentação, fadam ao insucesso devido ao mau planejamento. Dentre as causas de falhas, merece destaque a falta de habilidades comportamentais dos animais em enfrentar os desafios do ambiente selvagem. Com isso, tem sido crescente a discussão sobre a importância de haver integração entre as disciplinas de Comportamento Animal e Conservação. Diversas investigações sobre detalhes a respeito do comportamento têm permitido pesquisadores e técnicos ligados ao manejo de fauna a entender muitos dos problemas que causam o insucesso de programas de conservação, incluindo os de soltura de animais silvestres. Como a área da ciência integradora das duas disciplinas, denominada ‘ConservationBehaviour’, surgiu recentemente e por não constar normalmente na grade curricular de cursos de graduação como tema de disciplina, pretendemos, com este minicurso, introduzi-la aos alunos das Ciências Biológicas (e áreas afins) e aos profissionais que trabalham com o manejo e conservação de fauna. Com isso, temos o objetivo de capacitar os alunos a entender os problemas comportamentais envolvidos com a reintrodução de fauna, e a apontar possíveis meios de investigações para gerar soluções aos tomadores de decisões em programas de soltura de animais silvestres. Pretendemos, inicialmente, introduzir os conceitos básicos da área, propostos recentemente para formar o modelo conceitual que explicita as ligações chaves entre comportamento animal e conservação. Após, dar continuidade com a discussão de três temas básicos envolvidos: os impactos antropogênicos diretos e indiretos sobre o comportamento; manejo de fauna baseado em comportamento, que usa estudos comportamentais para práticas conservacionistas; e, por último, indicadores comportamentais de outros processos dentro do interesse da conservação. O foco principal no presente minicurso será abordar os estudos comportamentais que podem ser feitos para melhorar as práticas de manejo de fauna.

 

ENTOMOLOGIA FORENSE:

A entomologia forense é a ciência que estuda aspectos da biologia dos insetos e sua relação com eventuais fatos criminais. Devido a percepção aguçada para os odores os insetos são os primeiros a encontrarem um corpo em decomposição, utilizando-o como substrato de oviposição, desenvolvimento de suas fases imaturas, sendo desta forma útil para o caçulo de Intervalo Pos-mortem. Este curso tem como proposta: oferecer noções gerais da entomologia forense; mostrar  por que os insetos podem ser utilizados, Cálculo do Intervalo Pós –mortem usando a entomologia; Caracterizar a fauna cadavérica, demonstrando o processo de sucessão entomológica; Definir as fases da decomposição e fatores abióticos e bióticos que podem interferir  no processo de decomposição; Indicar os métodos de coletas utilizados pela entomologia forense e procedimentos de laboratoriais; outras aplicações da entomologia forense (entomotoxicologia e entomogenética).

 

FERRAMENTAS BIOLÓGICAS PARA O MONITORAMENTO DE ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS:

Os invertebrados bentônicos compõem um importante elemento na estrutura e na função dos ecossistemas aquáticos, sendo sua distribuição influenciada por diversos aspectos ambientais. Estes organismos apresentam adaptações evolutivas a determinadas condições ambientais e limites de tolerância a alterações a que são submetidos. A utilização dos invertebrados aquáticos como indicadores de qualidade de água possibilita a obtenção de resultados dinâmicos e eficientes, com custo relativamente baixo e avaliação in situ. Pretendemos trabalhar o tema em duas abordagens. Inicialmente trataremos sobre os aspectos biológicos dos bioindicadores e, em seguida, realizaremos uma aula prática no córrego que passa entre a Faculdade de Dança e o PAF IV da UFBA. Será realizada uma simulação de coleta de organismos bentônicos  para posterior triagem e identificação. Neste momento os alunos aprenderão a manusear os utensílios de coleta e a encontrar o local adequado para realização do trabalho. Na segunda aula prática serão apresentados os organismos marinhos importantes para o biomonitoramento e seus métodos de identificação. Após a triagem e identificação, apresentaremos alguns índices bióticos baseados em macroinvertebradosbentônicos e aplicaremos tais índices para inferir a qualidade da água do córrego.

 

MACROFAUNA BENTÔNICA DA REGIÃO ENTRE MARÉS: COLETA E IDENTIFICAÇÃO:

A região localizada entre o nível da maré baixa e maré alta é denominada de região entre-marés. O fácil acesso e a grande biodiversidade fazem dessa região uma das mais bem estudadas do ambiente marinho. No Brasil, apesar de se ter certo conhecimento sobre o entre-marés, muitas espécies novas ainda são encontradas para essa área. Com isso, o presente mini-curso terá como objetivo capacitar os participantes a coletar, fixar e identificar os principais grupos de invertebrados marinhos presentes na região entre marés no litoral de Salvador. Serão abordados os seguintes tópicos: (1) Coleta e processamento do material em laboratório; (2) Análise da Fauna em grandes grupos; (3) Polychaeta- principais grupos; (4) Crustacea – principais grupos; (5) Mollusca – principais grupos. Ao final do mini-curso, os participantes serão capazes de coletar e fixar corretamente os principais grupos de invertebrados, além de se familiarizarem com as bibliografias básicas para identificação dos táxons mais abundantes.

 

ESPÉCIES INTRODUZIDAS E BIOINDICADORAS E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO DO AMBIENTE MARINHO:

Neste minicurso serão abordados os conceitos de espécies introduzidas e bioindicadoras. Além disso, trataremos das principais espécies que ocorrem na Baía de Todos-os-Santos e suas relações ecológicas em seus habitats. Adicionalmente, abordaremos a importância do biomonitoramento no ambiente marinho para possíveis planos de manejo e conservação. Este minicurso será teórico-prático.

 

O OUTRO LADO DO CASCO: MITOS, TABUS E VERDADES SOBRE AS TARTARUGAS MARINHAS:

Nas últimas décadas o homem tem direcionado esforços para a conservação de diversos organismos e ecossistemas historicamente ameaçados.   Muitos destes organismos são animais conhecidos pela capacidade de representar uma causa, se tornando uma espécie bandeira. As tartarugas marinhas representam uma dessas espécies e tem o maior número de programas voltados para sua conservação e estudo entre os vertebrados. O curso será voltado ao desenvolvimento de conhecimento prático/crítico através da resolução de problemas dentro do tema proposto. A ideia é fugir do conceito tradicional de ensino teórico e dinamizar o aprendizado sobre os quelônios e questões polêmicas inerentes ao grupo e a própria conservação através de discussão e uso de literatura acadêmica.  Além do ensino de características básicas de identificação e ciclo de vida, será abordada a importância ecológica do grupo, muitas vezes negligenciada nos ensinos tradicionais taxonômicos de zoologia. Ainda seguindo a importância do conhecimento sobre o grupo, serão tratados os principais mitos que envolvem o grupo através de pesquisas feitas em diversas fontes pelos participantes.  Alguns tabus sobre a conservação das tartarugas marinhas serão discutidos na forma de debate em grupos, levando em conta as ameaças “desconhecidas” ou pouco debatidas e suas mudanças ao longo do tempo. Pretende-se fazer uma aula teórico/prática de como o profissional atua na conservação, transferência e cuidados com desova, podendo ser ministrada em qualquer praia próxima a UFBA (essa parte é opcional e depende do consentimento e diálogo com a comissão). Por fim, será debatida a importância do litoral Norte do estado da Bahia na conservação das tartarugas marinhas e porque este tema é tão pouco abordado dentro da Universidade como um todo. A estrutura do curso pode ser resumida nos tópicos:

A. Características básicas de identificação e ciclo de vida dos quelônios (filopatria, localização magnética, imprinting, importância na comunidade)

B. Importância ecológica do grupo além da taxonomia (relação com outras espécies)

C. Como atua o profissional da área de conservação (prática)

D. As verdades e mitos acerca do grupo

E. O tabu dos quelônios marinhos (e conservação como um todo)

F. Quais são as ameaças que desconhecemos?

G. Importância do litoral Norte para as tartarugas Brasileiras

 

RESPOSTA IMUNE E TOXINAS ANIMAIS:

Venenos consistem numa mistura complexa de componentes tóxicos, com diversos tipos de ações fisiológicas, que são utilizados por uma grande variedade de espécies animais para estratégias de defesa e predação. No sistema imune, o envenenamento normalmente induz uma resposta inflamatória aguda. Neste minicurso, serão abordados alguns dos principais mecanismos através dos quais o sistema imunológico inato detecta o envenenamento e inicia as respostas inflamatória e alérgica.

 

PESQUISA ETNOBIOOLÓGICA EM COMUNIDADE DE PESCADORES TRADICIONAIS. VIVENCIANDO A TROCA DE SABERES:

Este minicurso tem como proposta a exposição da experiência da pesquisadora palestrante, Tatiane Aguiar, bióloga, atualmente discente do Programa de Pós Graduação em Saúde, ambiente e trabalho (PPGSAT), sediado na Faculdade de Medicina da Bahia (FAMED), em uma pesquisa etnobiológica em duas comunidades pesqueiras tradicionais da Bahia. Utilizando a sua experiência de graduação (3 anos) com esse tipo de pesquisa como o fio condutor, a pesquisadora pretende por meio de aulas em formato de exposição dialogada, descrever alguns aspectos importantes que permeiam a realização das pesquisas de abordagem qualitativa. A exposição dialogada permite que o palestrante após a apresentação e exposição do tema abra a discussão para que os demais membros da classe possam apresentar suas impressões e conceitos prévios sobre o mesmo, estimulando a descentralização da palavra e uma maior interface palestrante X ouvintes, procurando assim favorecer a discussão e o maior entendimento sobre o conteúdo apresentado. Em um primeiro momento pretende-se estimular a discussãode conceitos como “comunidades tradicionais”, “pesquisas qualitativas”, “etnobiologia”, “percepção”, “significados”, “subjetividade” e “intersubjetividade”. Em um segundo momento serão abordadas as técnicas utilizadas nesse tipo de pesquisa, falaremos sobre cada uma em separado e nas suas utilizações como ferramental metodológico. Em um terceiro momento falaremos sobre os desafios enfrentados pelo pesquisador no campo, passando por questões como reflexibilidade, posicionamento do estudante enquanto pesquisador de campo e questões éticas como a aplicação do TCLE nas comunidades trabalhadas. Em um quarto momento serão mostrados os resultados da pesquisa realizada pela palestrante nas comunidades e se falará sobre os trabalhos que ainda estão em fase de desenvolvimento. Por fim falaremos sobre o andamento no cenário atual das pesquisas em ciências sociais e humanas e na sua interface com as ciências positivistas, tendo como foco central a Biologia.

 

NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL APLICADA À GESTÃO PÚBLICA:

Buscando oferecer ferramentas do conhecimento necessário para a formação do profissional com interesse no planejamento e na gestão do meio ambiente, o curso "Noções de Legislação Ambiental aplicada à Gestão Pública" procura desenvolver competências, habilidades e instrumentos necessários à compreensão dos princípios básicos do Direito Ambiental, licenciamento e fiscalização ambiental e gestão de áreas protegidas.

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